sábado, 21 de agosto de 2010

Por uma Igreja menos humana e mais Divina!

Muito temos visto hoje, mesmo na Santa Igreja, pessoas fazendo propagandas de falsos milagres e outros erros e heresias que nunca, em momento algum na história da Igreja Católica Apostólica Romana se pregou. Muitos ainda vêm com uma conversa de que o que importa é a experiência pessoal com Deus, que Sacramentos não importam, que Deus é amor e mais um monte de doutrinas totalmente anti-católicas que vêm penetrando aos poucos no Corpo Místico de Cristo. Quanta hipocrisia! Essas pessoas nunca devem ter lido o Catecismo da Igreja Católica.
O deus que essas pessoas julgam conhecer, não é o Deus bíblico e sim um deus inventado para ser adaptado às necessidades dos homens. Um deus da prosperidade, um deus de um tal “amor”, que nem mesmo serve para ser amor, pois é algo tão egoísta que é incapaz de amar.
O Papa Bento XVI disse muito bem que toda heresia é um núcleo de verdade envolvido por uma casca de mentira de forma que, quanto mais forte é esse núcleo de verdade, mais difícil é de dissolver a mentira que o envolve. Assim, a mais nova heresia é a heresia do eu, a heresia da “liberdade”. Entretanto, essa “liberdade” é na verdade um relativismo que acaba caindo na tão conhecida libertinagem.
Hoje prega-se uma Igreja mais humana, mais perto do “povo”. Isso de forma alguma é ruim, desde que essa Igreja não se afaste de Deus para que seja feita a aproximação do povo, mas não é manter a doutrina que os hereges querem. Muitos defendem literalmente a inculturação profana, isto é, literalmente misturar o sagrado e precioso tesouro de fé da Santa Igreja Católica, comprado com o sangue dos mártires com as heresias de falsas religiões para “aproximar” a Igreja das pessoas.
É dessa forma que vão surgindo os erros: rituais mudados, missas alteradas e uma série de outras profanações que sem sombra de dúvida, muito mais ofendem do que agradam Nosso Senhor Jesus Cristo. Será que Deus gostaria de ver que em sua Igreja que é sua Esposa sem rugas está entrando doutrinas estranhas? Certamente que não!
Essa é a idéia de rebaixar a Igreja ao nível dos pecadores para que ela os atinja. Isso é completamente errado. Quando foi que Jesus Cristo fez vista grossa aos pecados dos outros? Ele em momento algum aceitou o pecado. Ele perdoou apenas os que estavam com o coração arrependido e disse “não peques mais”, expressando assim que aquele pecador tinha o firme propósito de não voltar a errar.
As pessoas hoje estão preocupadas com encher as Igrejas, o que é ótimo, mas isso deve ser levado com responsabilidade e não da forma herética como muitos têm feito. Não é atropelando a doutrina e os princípios da Igreja que vamos agradar a Deus. Que nunca se esqueça isso, a Igreja existe para louvar a Deus e para adorá-lo, não para o homem fazer nela o que acha ser conveniente, colocando-se no lugar que é de Nosso Senhor.
Não é atropelando o catecismo, a fé, a moral e a vontade de Deus que vamos agradar a Cristo. Quem ensinou essa doutrina falsa de afrouxar a doutrina para esses pseudo-católicos? É obvio que foram as necessidades do homem moderno, cada vez mais atolado nos próprios pecados. Não adianta querer aproximar a Igreja do pecado, porque o pecado não quer Deus. A Igreja não perde fiéis, mas sim infiéis.
Muitos não têm respeito com a Sagrada Eucaristia, com Maria Santíssima e com o Papa. As pessoas que querem a fé de números ignoraram completamente o que está escrito em Jr 23 quando o profeta fala que não foi Deus que inspirou as heresias. Colocam palavras na boca do Papa e trechos mirabolantes que nunca existiram na doutrina para justificar seu proceder. Mistificam o demônio, ou dando a ele um poder excessivo ou falando que ele não existe. Garanto também que não encontrarão em parte alguma da Bíblia sua falsa e pretensa doutrina, pois a palavra de Deus prega a verdade e a retidão de coração, não os erros e as heresias.
Contudo, temos sim visto os frutos dos erros dessas pessoas e é lógico, são podres, pois uma árvore má não pode dar bons frutos (Cf. Mt 7, 15-16). Temos visto como nunca pessoas emocionalmente instáveis fazendo parte das frentes da Igreja sem nenhum preparo de doutrina e de fé. Temos visto como nunca pessoas que são uma coisa na Igreja e outra completamente diferente fora dela. Temos visto pessoas que se dizem católicas, mas que nunca tiveram coragem e nem humildade para descobrir o que fala a Santa Igreja, afinal, se julgam mais doutos que o Papa, fonte infalível de autoridade em matéria de fé e moral. É aí que está a saída? É esse tipo de “fiel” que queremos?
Quanto à crença de que o Evangelho tem que ser levado à toda criatura minha fé é inabalável, mas é mitológico, profano, mirabolante e totalmente irresponsável mostrar uma face da Igreja que nunca existiu para atrair mais pessoas, porque assim faremos da Igreja uma casa de pecado e onde está o pecado não há Deus.
Muitos chegam ao absurdo de buscar ensinamentos em todos os lugares, menos na Sagrada Escritura, no Catecismo e nas Encíclicas e ainda assim querem ser considerados católicos.
Depois muitos ainda vêm defender que Cristo está presente no movimento deles porque eles se sentem bem após suas seções repletas de gritos e outras extravagâncias. É claro que vão se sentir bem. Feche uma boa quantidade de pessoas com problemas em uma sala e os coloque pra fazer o que bem entendem e você terá o mesmo resultado. Fazendo o que bem querem, é claro que as pessoas serão aliviadas de suas tensões e se sentirão bem. Onde está o papel de Deus nisso?
Essas pessoas, entretanto, estão se sentindo bem temporariamente, mas será que estão cheias de Deus? Porque se estiverem sua vida certamente não será mais a mesma e isso não é observado. Vê-se, ao contrário, pessoas que afirmam veemente conhecer a Cristo, mas que em nada são exemplo de vida.
Não se vê mudanças realmente significativas, não se vê a busca dos sacramentos, não se vê nada de reto, apenas mudanças superficiais como esporádicos abandonos do uso de bebidas alcoólicas e muita soberba, que os faz se sentirem melhores que todos. Isso é ser santo?
Todo bom católico deve cortar a alma com a mais sincera dor espiritual ao ver a situação do mundo atual, cada vez mais secularizado e distante de Deus, mas nenhum católico autêntico deve para isso desesperar-se querendo que o mundo inteiro entre na Santa Igreja sem se arrepender de seus erros e querer levar uma vida santa. O próprio Cristo já havia percebido a decadência do mundo e chegou a perguntar se “quando vier o filho do homem achará fé sobre a terra?” (Cf. Lc 18, 8).
Isso não significa que devemos acomodar nossas almas não querendo mais pregar o Evangelho pelo fato de haver um declínio óbvio e crescente do ser humano em suas próprias paixões. Não devemos ser coniventes com esse declínio e devemos dar o sangue para salvar as almas. Entretanto, devemos saber elevar as pessoas a santidade da Igreja e não rebaixar a Igreja aos pecados das pessoas, pois assim só conseguiremos ofender a Deus.

Ad Majorem Dei Gloriam!

Eduardo Moreira.